São
Sebastião
Padroeiro
de Rio Verde
O
dia 20 de janeiro, assim como os nove dias que o antecede é festejado em Rio
Verde há mais de um século. A data se refere a comemorações em louvor ao santo
padroeiro do município, São Sebastião. Durante nove dias as famílias
tradicionais da cidade, devotos das cinco paróquias e muitos outros católicos
que nem sempre são tão assíduos à Igreja, participam fervorosamente desta
festa. Os fieis acompanham a novena que é realizada na Igreja Matriz Nossa Senhora
das Dores e que tradicionalmente tem início com a transladação da imagem do santo
da Igreja São Sebastião, no centro da cidade, até a Igreja Matriz Nossa Senhora
das Dores, onde acontece durante os nove dias a reza do terço e em seguida a
celebração da Santa Missa, cujas orações, cânticos e ladainhas são dedicados ao
santo padroeiro da cidade.
Sendo
Rio Verde um município voltado para as atividades rurais, cuja população em sua
maioria é originária da zona rural, a devoção a São Sebastião vem desse povo
que o invocava para se livrarem das pestes em animais, das pragas em lavouras,
epidemias e como protetor de suas propriedades. Essa devoção remonta do século
passado, de uma época em que houve muitas doenças e pestes no município, quando
um dos padres que residia em Rio Verde começou a invocar São Sebastião para a
cura das pessoas acometidas com essas doenças e que geralmente morriam por não
ter na época, a devida assistência médica. As preces do padre foram atendidas e
as pessoas passaram a devotar imenso carinho e devoção ao santo que até hoje é tido
como o protetor da cidade.
Um
exemplo de fé do povo rio-verdense, independente de classes sociais é a
participação na novena em louvor ao padroeiro do município que acontece de 11 a
20 de janeiro, às 19 horas na matriz Nossa senhora das Dores. Durante as nove noites
a Igreja fica lotada pelos fieis e no encerramento quando é realizada a
procissão com a imagem do padroeiro a multidão toma conta das ruas no centro da
cidade onde o que se vê é o povo cantando, louvando e pagando promessas.
Algumas crianças se vestem de anjo, pessoas seguem descalças e outros pagam suas
promessas de diversos modos, sempre com sacrifícios, acompanhando os nove dias
de oração e principalmente participando fervorosamente de todos os momentos desta
festa.
No
tradicional leilão várias famílias aproveitam para fazer sua oferta, seja
doando, arrematando uma aprenda ou comprando uma pamonha, um caldo ou Chica
Doida nas barracas da praça. Produtores rurais, empresários, classe política e
a população em geral participam desses momentos festivos e religiosos, cujo
lucro da festa, resultado do leilão e das barracas, é revestido em obras que a
paróquia realiza ao longo do ano, estas podem ser reformas, construções e
principalmente no trabalho social e pastoral que é realizado pelos leigos sob a
orientação do pároco.
Fonte: Jornal da Cidade