23 de julho de 2012

50 anos do Concílio Vaticano II

Celebração dos 50 anos de Abertura do Concílio Vaticano II
Dom Benedito Domingos Cóscia participou de todas as sessões realizadas durante o Concílio Vaticano II

O Concílio Vaticano II, XXI Concílio Ecumênico da Igreja Católica, foi convocado no dia 25 de dezembro de 1961, através da bula papal “Humanaesalutis”, pelo Papa João XXIII. Este mesmo Papa inaugurou-o, a ritmo extraordinário, no dia 11 de outubro de 1962. O Concílio, realizado em 4 sessões, só terminou no dia 8 de dezembro de 1965, já sob o papado de Paulo VI. O Papa João Paulo II classificou o Concílio Vaticano II como “um momento de reflexão global da Igreja sobre si mesma e sobre as suas relações com o mundo”. Ele acrescentou também que esta “reflexão global” impelia a Igreja “a uma fidelidade cada vez maior ao seu Senhor. Mas o impulso vinha também das grandes mudanças do mundo contemporâneo, que, como “sinais dos tempos”, exigiam ser decifradas à luz da Palavra de Deus”. No ano 2000, João Paulo II disse ainda que: “o Concílio Vaticano II constituiu uma dádiva do Espírito à sua Igreja. É por este motivo que permanece como um evento fundamental não só para compreender a história da Igreja no fim do século, mas também, e sobretudo, para verificar a presença permanente do Ressuscitado ao lado da sua Esposa no meio das vicissitudes do mundo”. Cinquenta anos se passaram desde a abertura deste Concílio que resultou em ações transformadoras e valiosas para os cristãos de todos os tempos, inclusive da atualidade. A Igreja vê e acredita que foram esses os resultados deste valioso Concílio idealizado pela Papa João XXIII, uma Igreja Católica aberta e acolhedora, já que até então o santo padre via nesta instituição as sombras da escuridão causada pela falta de abertura aos anseios do mundo. Enfim, meio século de existência e uma aplicabilidade valiosa para cristãos de todos os tempos, inclusive os da atualidade. É assim que a Igreja vê o Concílio Vaticano II, que também foi pauta de discussão na 50ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cuja presença do bispo diocesano Dom Majella foi fundamental para a representatividade da Igreja particular da Diocese de Jataí. Durante a Assembleia Geral da CNBB os bispos destacaram que a partir do Concílio Vaticano II a fé deixou de ser um dado evidente e passou a exigir dos cristãos católicos presença e atuação cristã na vida social e política. Para os bispos católicos, esta é uma ocasião para “experimentar a alegria e o entusiasmo do encontro com Cristo na comunidade da sua Igreja”. O saudoso bispo da Diocese de Jataí, Dom Benedito Domingos Cóscia participou de todas as sessões realizadas durante o Concílio Vaticano II e viu nas decisões tomadas pela Igreja, esperança de arrebanhar os cristãos e a oportunidade de evangelização de novos aerópagos, onde o resgate de valores humanos e a fé viva em Jesus Cristo Ressuscitado e na ação do Espírito Santo se fazia e ainda se faz necessária. Podemos conferir essa ação do Espírito Santo impulsionando nossa Igreja a partir da história de trabalho e amor dispensados por Dom Benedito à Diocese de Jataí. Assim como toda a Igreja no mundo inteiro, a Igreja particular da Diocese de Jataí também se prepara para o grande jubileu dos 50 anos do Concílio Vaticano II.
Dom Benedito é o segundo da direita para a esquerda na foto, entre os bispos
durante uma das sessões do Concílio Vaticano II

18 de julho de 2012

50ª Assembléia dos Bispos do Brasil

Cidadania é tema de debate na 50ª Assembléia dos Bispos do Brasil

A 50ª Assembleia Geral da CNBB realizada em Aparecida/SP, encerrou-se na manhã do dia 26 de abril depois e nove dias de intensos trabalhos.  Ao final dos trabalhos foi divulgado o documento final sobre o tema central dos debates: “A Palavra de Deus na vida e missão da Igreja”. A missa de encerramento da assembleia foi realizada no Santuário de Aparecida, celebrada pelo Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovani D’Aniello que trouxe a saudação do Santo Padre Bento XVI e do Secretário de Estado, Cardeal Tarcísio Bertone. Às 10h30 da manhã teve início a Sessão de encerramento da Assembleia com a Presidência da CNBB e a divulgação da Mensagem para as próximas eleições municipais. No documento os bispos afirmam que as eleições municipais têm uma característica própria em relação às demais por colocar em disputa os projetos que discutem sobre os problemas mais próximos do povo: educação, saúde, segurança, trabalho, transporte, moradia, ecologia, lazer. Trata-se de um processo eleitoral com maior participação da população porque os candidatos são mais visíveis no cotidiano da vida dos eleitores. A sua importância é proporcional ao poder que a Constituição de 1988 assegura aos municípios na execução das políticas públicas.Nos municípios, manifestam- se também as crises que o mundo atravessa, incluindo a própria democracia. Isso torna ainda mais importante a missão de votar bem, ficando claro para o eleitor que seu voto, embora seja gesto pessoal e intransferível, tem conseqüências para a vida do povo e para o futuro do País. As eleições são, portanto, momento propício para que se invista, coletivamente, na construção da cidadania, solidificando a culturada participação e os valores que definem o perfil ideal dos candidatos. Estes devem ter seu histórico de coerência de vida e discurso político referendados pela honestidade, competência, transparência e vontade de servir ao bem comum. Os valores éticos devem ser o farol a orientar os eleitos, em contínuo diálogo entre o poder local e suas comunidades. A Mensagem se conclui destacando que “para o cristão, participar da vida política do município e do país é viver o mandamento da caridade como real serviço aos irmãos, conforme disse o Papa Paulo VI: “A política é uma maneira exigente de viver o compromisso cristão ao serviço dos outros” (Octogesima Adveniens, 46). Só assim, seremos “fermento que leveda toda a massa” (Gl 5,9). Na assembleia, a Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, que completa um ano de existência, apresentou um resumo de suas atividades. O foco principal foram os preparativos para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que vai se realizar no Rio de Janeiro em julho de 2013. O Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, apresentou o ComitêOrganizador Local (COL) da Jornada, bem como um vídeo a respeito do evento. As inscrições para a JMJ serão feitas pelo site oficial (www.rio2013.com), a partir de julho de 2013. Durante a coletiva de imprensa o Porta-voz da 50ª  Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, o Arcebispo de Campo Grande (MS), Dom Dimas Lara Barbosa a Nota da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil apresentou a Nota sobre a reforma do Código Penal. O objetivo do documento é expressar o compromisso da instituição,  no acompanhamento de importantes matérias de interesse social, neste momento em que uma Comissão de Juristas do Senado, discute mudanças no Código Penal. Houve também, antes do encerramento da assembleia, um encontro reservado para os regionais da CNBB, e na última sessão do dia a apresentação da Comissão Episcopal para a Cultura e Educação, e informes sobre a Campanha para a Evangelização, os 20 anos da Assembleia dos Organismos do Povo de Deus e a palavra para os organismos vinculados à Conferência Episcopal. Também foi feita a acolhida do episcopado brasileiro ao novo Núncio Apostólico para o Brasil, Dom Giovani D’Aniello. A Rádio Vaticano apresentou aos bispos dois minutos do documentário produzido pelo Programa Brasileiro da Rádio do Papa sobre a sua visita ao Brasil em 2007.

2 de julho de 2012

Acolher a Palavra

Acolher a Palavra com a alegria do Espírito Santo

by Dom José Luíz Majella Delgado, C.Ss.R.

Durante os cinquenta dias da Páscoa, o próprio Senhor Deus, pelo seu Espírito, abre o nosso coração para acolher a sua proposta de vida nova. Estimulados e ajudados pela graça divina do Ressuscitado, caminhando como Igreja viva que nasce dos dons oferecidos por Cristo na cruz, somos chamados a acolher a Palavra de Deus com a atitude humilde de fé e a alegria do  Espírito Santo, rumo à festa de Pentecostes. A nossa Diocese  vive neste mês de maio forte momento de missão e evangelização:preparação e acolhida dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude. A Cruz e o Ícone de Nossa Senhora percorrerão algumas cidades dos quatros Distritos Pastorais da Diocese. Qual a nossa atitude diante deste acontecimento? Acolhida e fé. Portanto, a melhor atitude diante da cruz é aquela de Maria: “totalmente disponível à vontade de Deus”, “incondicionalmente dócil à Palavra”, com “fé obediente” em todos os instantes de sua vida, sempre “em plena sintonia com a Palavra divina”, conservando “no seu coração os acontecimentos do seu Filho” (cf Lc2,19.51). Acolher a Cruz pelas ruas das nossas cidades é acolher o próprio Senhor que passa. Ele mesmo é a Palavra de Deus. Na confusão e na desorientação dos nossos tempos, Ele é a luz, a verdade e que nos ensina o seu modo de viver e de ir em frente. Vamos abrir nossas casas, vamos abrir os nossos corações, vamos acolher a Cruz como Igreja diocesana que necessita de fé viva, de caridade criativa e de dinamismo de esperança. Diversas serão, entre nós, as formas de acolhida da Cruz e do ícone de Nossa Senhora, procissões, via sacra, terço missionário, vigília, confissões e celebrações eucarísticas. Sem dúvidas que estamos diante de um grande momento de evangelização da juventude. Mas é para todo o povo uma experiência de fé. Ocasião de aprofundar o seu encontro pessoal com Jesus Cristo. Alguns de nossos irmãos e irmãs, marcados por sofrimentos da vida, estarão bem próximos destes símbolos, enfermos, encarcerados, dependentes químicos e o povo de Deus em geral. O Papa Bento XVI dirigindo-se aos jovens na Alemanha, disse: “gostaria de dizer a todos com insistência: abri o vosso coração a Deus, deixai-vos surpreender por Cristo! Concedei-lhe o ‘direito de vos falar’ durante estes dias! Abri as portas da vossa liberdade ao seu amor misericordioso! Exponde as vossas alegrias e as vossas tristezas a Cristo, deixando que Ele ilumine com a sua luz a vossa mente e alcance com a sua graça o vosso coração. Nestes dias abençoados de partilha e de alegria, fazei a experiência libertadora da Igreja como lugar da misericórdia e da ternura de Deus para com os homens. Na Igreja e mediante a Igreja alcançareis Cristo que vos aguarda.” Acolhamos estas palavras com entusiasmo, alegria e esperança. A passagem da Cruz por nossa diocese é uma graça não só para nós, mas para todo o Povo de Deus. Ela nos responsabiliza a testemunhar através das obras cotidianas, a vitalidade de Deus em meio a todos nós, principalmente pela vida comprometida com a conversão do coração. Alimentamos a esperança de que com a passagem da Cruz e do ícone de Nossa Senhora, a nossa igreja diocesana volte com vigor e firmeza o olhar forte à juventude para uma nova evangelização. Todos os fiéis estão convidados a viverem este momento como acontecimento único de preparação à festa de Pentecostes. Com a passagem da Cruz devemos lembrar que a vida venceu a morte. Na alegria do Tempo Pascal, precisamos testemunhar que Cristo ressuscitou, porque a nossa missão é anunciar as boas notícias ao mundo.