Bispo diocesano
Rev.mos
Párocos, Vigários paroquiais, diáconos, administradores pastorais, comunidades
religiosas e lideranças leigas
Amados
irmãos e irmãs,
Cristo
vive. Isso constitui a causa de nossa esperança, mas também constitui a fonte
de nossa fé. Ao celebrar a festa da Páscoa é preciso vivê-la com particular
intensidade e no duplo aspecto de morte e ressurreição do Senhor, de
aniquilamento e comunhão, de cruz e esperança.
Estamos
no Ano Diocesano da Palavra de Deus, ano de renovação interior, de conversão
total, de formação, celebração e acolhida orante pela leitura e meditação da
Sagrada Escritura. A Palavra de Deus é acontecimento, em que o Pai entra na
história, em que o Filho prolonga o mistério de sua Páscoa e o Espírito atua
com sua força. Com o Apóstolo Tiago permito-me suplicar-lhes, como humilde
cooperador de Deus e ministro da Palavra: “Tornai-vos praticantes da Palavra e
não simples ouvintes.” (Tg 1,22).
Como
eu gostaria que este ano, em cada paróquia, em cada capela, em cada comunidade
cristã, a Páscoa fosse uma visível e contagiante manifestação da alegria que
nasce de corações novos, definitivamente mudados pelo encontro com o Senhor
ressuscitado e no redescobrimento da sua Palavra, comprometidos com o próprio
Deus da vida, que é Palavra que ama, salva, transforma e liberta. A Páscoa tem
que deixar em nós a segurança de que Cristo vive e prossegue peregrinando
conosco na história.
Quero
insistir na terceira urgência do nosso Plano Diocesano de Pastoral: “Igreja:
lugar de animação bíblica da vida e da pastoral”. A Palavra de Deus atua e
frutifica à medida em que houver uma resposta de vida de fé, de esperança e de
caridade da parte dos que a escutam. A resposta de fé supõe explicação e
compreensão da Palavra. “Como é que vou entender se ninguém me explicar (At
8,31)”? Daí se pode entender a necessidade do estudo da Sagrada Escritura, a
ser planejado de maneira correspondente às necessidades das pastorais e da
pastoral de conjunto.
A
Igreja é, em Cristo, comunhão universal da fé, da esperança e da caridade. Mas
a nossa diocese tem um compromisso especial com a Igreja no Brasil, na América
Latina e Caribe neste ano de 2012: no coração de cada sacerdote, de cada
religiosa e religioso, de cada leigo e leiga e de cada pessoa de boa vontade,
que busca a Deus “com coração sincero”, haverá de experimentar-se a eficácia da
Palavra de Deus, já que “para sempre, Senhor, como os céus, subsiste a vossa
palavra” (cf. Sl 119,89). Como nos interpela o Papa Bento XVI: “que o nosso
coração possa dizer a Deus cada dia: “Sois o meu abrigo, o meu escudo, na vossa
palavra pus a minha esperança” (Sl 119,114), e possamos agir cada dia confiando
no Senhor Jesus como São Pedro: “Porque Tu o dizes, lançarei as redes” (Lc 5,5)
(Verbum Domini, 10)
Abraço-os
e os abençoo de coração, em Cristo e Maria, Mãe dos Apóstolos.
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