30 de dezembro de 2011

Ano Jubilar

Por ocasião do Ano Jubilar em homenagem aos bispos Dom Germano  Vega Campón e Dom Benedito Domingos Coscia, o Núncio Apostólico no Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri presidiu no dia 12 de dezembro de 2011, na Catedral Divino Espírito Santo de Jataí (GO), a Santa Missa em Ação de Graças pelas comemorações.

Dom Lorenzo foi recebido por Dom José Majella Delgado, Bispo de Jataí e antes da Santa Missa, foi feita uma peregrinação à cripta da Catedral onde estão os túmulos dos bispos jubilares. Logo em seguida aconteceu a inauguração do Acervo Diocesano do Patrimônio Histórico Dom Germano Vega Campón.

Segundo Dom Majella, para celebrar o Jubileu, foi feito na diocese uma revisão da história da Igreja particular de Jataí com o objetivo de tornar conhecida a história da diocese e dos bispos que já passaram por ela.

Dom Majella completou destacando que, "a partir desse jubileu e iluminados pelo Documento de Aparecida, queremos iniciar um tempo de revisão de nossa caminhada pastoral. Escolhemos como temas prioritários de nosso trabalho: a catequese, a liturgia e a caridade".


Prefeito de Jataí Humberto Machado, PMDB e Dom Majella Delgado, C.Ss.R. 
recepcionam Dom Lorenzo


Autoridades local



28 de novembro de 2011

Ordenação Presbiteral

 Padre Helenivaldo é ordenado presbítero na Catedral em Jataí

A Ordenação Sacerdotal é um momento muito especial em uma comunidade. É uma ocasião de grande importância tanto para aquele que será ordenado, como para a Igreja inteira. A Ordenação Presbiteral de Helenivaldo Ferreira dos Santos aconteceu neste sábado, 26, às 9h na Catedral do Divino Espírito Santo em Jataí. Ele escolheu como tema para sua Ordenação: Sacerdote Segundo Coração de Jesus!  E o lema: Para curar corações!

Foi uma cerimônia de beleza sóbria, comovente para nossa fé e nossa vida cristã, emocionando todos os que a ela assistiram: paroquianos, parentes e, principalmente, os familiares do ordenando.

O rito da celebração se iniciou com a entrada de nosso Bispo Diocesano Dom Majella e sua saudação ao povo. A seguir, teve lugar a Liturgia da Palavra, na qual foram lidos textos relativos ao sacerdócio, à missão do padre na Igreja, no mundo e na história. Depois disso, começou propriamente o rito ordenacional. Diácono Helenivaldo em seu desejo de ser ordenado padre foi chamado a se apresentar. Num gesto muito belo e simbólico, despediu-se de seus familiares e saiu do meio do povo, para apresentar-se no presbitério, dizendo: “Aqui estou”. Esta declaração reflete uma decisão tomada, às vezes, há longo tempo. A despedida dos pais implica um sacrifício, uma doação que a família faz de um de seus membros para o serviço exclusivo da Igreja.

A seguir, o Bispo dirigiu-se à assembléia, aceitando-o, para servir definitivamente à Igreja, em nome da Trindade: o Pai, que o chamou, o Filho, em nome de quem ele vai agir como sacerdote, e o Divino Espírito Santo, que vai ungi-lo.

Dom Majella em sua homilia disse que Helenivaldo em sua dignidade estava assumindo naquele momento um compromisso, uma ação marcada pelo Espírito Santo que move todo o ser, todo o agir, toda a Igreja. Para nosso bispo, padre é aquele que ama, que apascenta as ovelhas, é Cristo o bom pastor. Ser padre é um sacramento que brota do agir de Jesus Cristo, é um homem tirado do meio do povo para servir o povo. A nossa santificação consiste em amar Jesus Cristo. Segundo Dom Majella, um sacerdote só consegue curar corações curando os corações dos pobres.

Com as sábias palavras de Dom Majella chegamos à conclusão que o povo quer ver Jesus, na pessoa do padre, o povo quer ver as mãos ungidas, para ungir outras pessoas. Esta prerrogativa do padre, de ser revestido de Cristo, implica que a sua palavra não seja dele próprio, mas de Cristo. A Ele empresta a sua voz e a sua inteligência, para levar, mais uma vez, a mensagem do Evangelho ao mundo de hoje, adaptada às muitas indagações e carências. Seus gestos reproduzem aqueles que Jesus instituiu e mandou repetir: os Sacramentos, fontes de graça para nossa santificação.

Dom Majella dirigiu-se, novamente, ao diácono, para confirmar sua intenção de abraçar o sacerdócio, com as disposições e renúncias necessárias. Prostrado por terra, Helenivaldo manifestou o reconhecimento de sua nulidade, fraqueza, pequenez, diante da grandiosidade do ofício que estava prestes a assumir. A comunidade se ajoelhou e entoou a Ladainha de Todos os Santos. Parece-nos que todos os santos invocados naquele momento, impuseram suas mãos sobre sua cabeça em sinal de bênção.

Finalmente, chegou o momento central da ordenação, que consiste na imposição das mãos pelo Bispo. Esse gesto vem desde os tempos mais antigos dos Patriarcas, passando por Jesus, pelos Apóstolos e chega até nossos dias. Os padres que ali se encontravam, compondo o Presbitério, também impuseram individualmente as mãos sobre a cabeça do ordenando. Foi um momento de muita emoção, no reconhecimento da presença do Espírito Santo. Em seguida Helenivaldo foi consumado sacerdote para todo o sempre.

Já como padre revestiu-se dos paramentos sacerdotais: a estola, símbolo do poder e da santidade do sacerdócio e a casula, traje próprio para a celebração do sacrifício da Eucaristia. Num outro belo gesto, Dom Majella voltou a chamar o neo-sacerdote para ungir-lhe as mãos.

No momento propício, foram apresentadas as ofertas, o pão e o vinho, para serem usados nesta primeira Missa, que ele concelebrou com o Bispo. Essas ofertas simbolizam, também, o que o padre vai fazer a vida inteira: repetir os gestos de Cristo, na mesma entrega, deixando-se consumir para o bem do povo.

Ao término da cerimônia, o Bispo convidou o recém-ordenado a dirigir sua primeira palavra ao povo de Deus e dar-lhe a bênção de suas mãos ungidas, agindo, a partir de agora, na Pessoa de Cristo.

Seu gesto suscitou grande comoção entre o povo. Conclui-se a Ordenação com a bênção do celebrante. Ao final, Dom Majella, agradeceu a mãe do agora Pe. Helenivaldo, pela coragem de acompanhar seu filho nessa decisão, e pela generosidade de oferecê-lo à Igreja. Anunciou também que a paróquia Nossa Senhora d’Abadia de Quirinópolis seria agraciada com a permanência do Padre Helenivaldo em seu meio.

Primeira missa

A primeira missa do Padre Helenivaldo em nossa paróquia foi celebrada no dia 27 às 19 horas na Igreja Matriz. Esteve presente na celebração, Padre Ciro Ricardo da Silva Freitas da cidade de Dourados. Este acontecimento será eternizado em nossa história. Contaremos aos nossos netos como o nossa cidade foi abençoada no dia em que Pe. Helenivaldo sagrou-se padre, sacerdote para sempre. É Deus que revela o seu amor por nós e pede a nossa resposta.

Rezamos ao Senhor da messe, que chamou este jovem como operário para a sua messe para que nesta messe persevereis até ao Primeira missafim. Hoje, como Zacarias disse no dia do nascimento de João, a Igreja dirás para você: E tu menino serás chamado Profeta do Altíssimo (Lc. 1, 76).

Que a perseverança de nosso novo Padre seja o fruto das orações que hoje elevamos ao Senhor! Persevere como profeta do Altíssimo! Perseverai como sacerdote de Jesus Cristo! Produzi frutos abundantes!

“O teu sim nos encheu de contentamento. Saiba que seremos presença em todos os momentos da tua vida. Deus que te inspirou, acolheu e conduziu, estará sempre contigo”. Hoje rezamos por você! Amanhã você nos conduzirá ao Céu.

31 de outubro de 2011

Encontro com prefeitos

A Diocese de Jataí (GO), no Sudoeste Goiano, realizou um encontro com prefeitos no dia 22 de outubro, com a participação dos Prefeitos do sudoeste goiano. O encontro fez parte das comemorações dos 80 anos de posse como administrador apostólico de Dom Germano, 70 anos de sua ordenação, posse como bispo prelado e 50 anos de seu falecimento. Este ano de 2011 comemoram-se ainda os 50 anos de ordenação episcopal e posse como segundo bispo diocesano, Dom Benedito.

O atual Bispo Diocesano de Jataí, Dom José Luiz Majella Delgado convidou os prefeitos da diocese, que compreende 25 municípios, para um momento de reflexão. O sudoeste goiano faz parte da tradição pessoal do nosso povo. Este povo, a nós confiado é obrigatoriamente ligado a terra, ao seu território. O município é o lugar privilegiado não só de suas características naturais como cerrado, rios e o solo, mas é, principalmente, onde nossos antepassados deixaram a sua marca, onde eles cresceram, onde eles construíram a sua história de vida, e que nós herdamos esses valores, disse o Bispo em seu discurso.

Antes de encerrar, lembra Dom José Luiz Majella, somos confrontados com transformações que interrogam a nossa identidade e a nossa fé até aos fundamentos. Convido a todos, vamos assumir atitude de discernimento crítico, várias vezes lembradas pelo Papa Bento XVI, quando nos convida a fazer uma releitura do presente a partir da perspectiva da esperança que o cristianismo oferece como dom.

Lembrou o Bispo aos prefeitos, que dividam a liderança para assumir a responsabilidade, ela não pode ficar ligada a uma só pessoa. “O povo joga nas costas do líder a responsabilidade pelo próprio destino”, salientou ao citar trechos da Bíblia Sagrada com o tema.

Na oportunidade, foram apresentadas todas as obras sociais realizadas pela Diocese de Jataí na região sudoeste goiana.

28 de março de 2011

Celebração

A diocese de Jataí (GO) celebrou no dia 26 de março de 2011, o jubileu de dom Germano Vega Campon (80 anos de posse como administrador apostólico e 70 de ordenação e posse como primeiro bispo prelado de Jataí). O Jubileu foi dedicado também ao segundo bispo diocesano de Jataí, dom Benedito Domingos Cóscia, (50 anos de ordenação episcopal e posse como bispo diocesano).

Para o bispo diocesano de Jataí, dom José Luiz Majella Delgado, a diocese vive um momento de graça em poder celebrar o Jubileu de dom Germano e dom Benedito. “Esse é um tempo rico de grande simbologia para nossa Igreja Diocesana. Simbologia, pois, a experiência de fé dos bispos dom Germano e dom Benedito é, entre nós, um sinal de abnegação e de entrega a Deus”, disse o bispo.
Ainda segundo dom Majella, para celebrar o Jubileu, foi feito na diocese uma revisão da história da Igreja particular de Jataí com o objetivo de tornar conhecida a história da diocese e dos bispos que já passaram por ela. “O ano jubilar iniciava-se sempre com uma revisão da história. Revisava-se a história para dar um novo sentido ao tempo que se iniciava a partir da proclamação do Jubileu”, frisou.
Dom Majella completou destacando que, “a partir desse jubileu e iluminados pelo Documento de Aparecida, queremos iniciar um tempo de revisão de nossa caminhada pastoral. Escolhemos como temas prioritários de nosso trabalho: a catequese, a liturgia e a caridade”.

Histórico

Criada prelazia no dia 21 de junho de 1929, pela Bula “Solicitudo Quae in Omnes”, do papa Pio XI, a Igreja particular de Jataí foi desmembrada da antiga arquidiocese de Goiás. Um ano depois, em 20 de outubro de 1930, foi nomeado como administrador apostólico, frei Germano Vega Campon, OESA. Aos 19 de abril de 1941, dom Germano foi nomeado primeiro bispo prelado ordinário de Jataí e titular de Oreo. A ordenação Episcopal aconteceu no dia 1º de junho do mesmo ano.

Jataí recebeu o título de diocese no dia 26 de março de 1956. O fato aconteceu a partir da criação da arquidiocese de Goiânia, pelo papa Pio XII. Em 1957, dom Abel Ribeiro Camelo se tornou o primeiro bispo diocesano de Jataí. Três anos depois, em 1960, dom Abel foi transferido para a diocese de Goiás e nomeado administrador apostólico de Jataí no dia 14 de maio. Ele faleceu no dia 24 de novembro de 1966, na Cidade de Goiás.

No dia 8 de maio de 1961, o frei Benedito Domingos Coscia, frade menor capuchinho, foi nomeado o segundo bispo diocesano de Jataí. Até então ele era pároco em Pires do Rio (GO). Ele ficou à frente da diocese por 38 anos.

1 de março de 2011

Saúde dom de Deus


A saúde é um dom de Deus a ser cuidado pela própria pessoa,
pela comunidade e pela sociedade.

Dom José Majella Delgado, C.Ss.R.
Bispo diocesano de Jataí 

«Pelas suas chagas fostes curados» (1 Pd 2, 24)

Todos os anos, na memória da Bem-Aventurada Virgem de Lourdes, que se celebra no dia 11 de fevereiro, a Igreja propõe o Dia Mundial do Doente. Esta circunstância, como quis o saudoso Papa João Paulo II, torna-se a ocasião propícia para refletir sobre o mistério do sofrimento e, sobretudo, para tornar as nossas comunidades e a sociedade civil mais sensíveis aos irmãos e irmãs doentes.

O Papa Bento XVI escreveu a sua mensagem para este que já é o 19º Dia Mundial do Doente com o lema: “Pelas suas chagas fostes curados” (1Pd 2,24). Recorda-nos o Santo Padre que Jesus Cristo, “o Filho de Deus sofreu, morreu, mas ressuscitou, e exatamente por isso aquelas chagas tornam-se o sinal da nossa redenção, do perdão e da reconciliação com o Pai” (Mensagem para o 19º Dia Mundial do Doente).

Temos assim, por ocasião deste dia, muitas atitudes a ser feitas para promover nas Paróquias, Capelas, Movimentos, setores e grupos de reflexão um cuidado mais eficaz para com os sofredores. A saúde é um dom de Deus a ser cuidado pela própria pessoa, pela comunidade e pela sociedade. A missão da Igreja é aproximar-se das pessoas que se encontram em situações de abandono, de exclusão e de dor, que contradizem o projeto do Pai, para assumir o compromisso a favor da cultura da vida (cf. DAp 358).

A CNBB mobilizou toda a Igreja no Brasil em torno da saúde com a Campanha da Fraternidade de 1981 (“Saúde e Fraternidade”, com o lema: “Saúde para todos”) e de 1984 (“Fraternidade e Vida, com o lema: “Para que todos tenham vida”). E em junho de 2010, o Conselho Episcopal Pastoral da CNBB – CONSEP aprovou por unanimidade o tema da Campanha da Fraternidade de 2012: Fraternidade e Saúde Pública. Sem dúvidas, é uma vitória do povo brasileiro cristão, que almeja uma saúde mais acessível e digna! A dura realidade que permeia o setor saúde e que provoca uma interferência direta na vida da imensa maioria da população brasileira faz com que possamos inferir que a Saúde no Brasil vive um dos períodos mais críticos e precários. Podemos enumerar aqui alguns dos mais sérios e delicados problemas que enfrentamos na nossa região e diocese: Dificuldades de manter a clínica Pe. Thiago, em Jataí, pelos motivos, entre outros, da burocracia e tendência a terceirização das unidades públicas de saúde; A proliferação da Dengue (Aedes aegypti), com crescente número de óbitos e outras doenças infecto-contagiosas, como tuberculose, HIV/AIDS Acentuada gestação de menores e a banalização das práticas abortivas; O crescente consumo de drogas com destaque ao crack, sobretudo, na faixa infanto-juvenil; Os alarmantes homicídios, suicídios e as mortes violentas; As ameaças ao meio ambiente com o desmatamento, a contaminação da água e do ar.

Por isso, a Diocese de Jataí, como Igreja Particular, deve dar um passo importante na realização da atividade missionária em favor de uma política pública para que os governos Federal, Estadual e Municipal atendam aos direitos básicos em relação à saúde da população. “A saúde é a resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meioambiente, trabalho, transporte, lazer, liberdade e acesso a serviços de saúde” (VIII Conferência Nacional de Saúde 1986).

Mantemos na diocese três casas de apoio para a recuperação dos dependentes químicos e assistimos outras mantidas por instituições. Desenvolvemos a Pastoral da AIDS com a presença de inúmeros agentes que promovem o acompanhamento compreensivo, misericordioso, bem como a defesa dos direitos das pessoas infectadas (DAp 421). Favorecemos organizações populares que trabalham no cuidado, na defesa e na promoção da vida em áreas rurais e urbanas, com programas de educação e capacitação nutricional e alimentícias.  A medicina popular e alternativa (fitoterapia) está sendo desenvolvida com todo o seu valor em várias paróquias, com destaque para a Nossa Senhora das Dores, em Rio Verde. A atuação da Pastoral da Criança e do Idoso assegura na diocese o atendimento a gestantes, crianças desnutridas e as famílias.

Mesmo assim devemos nos esforçar para sensibilizar os fiéis das nossas comunidades com o específico da Pastoral da Saúde a respeito do sofrimento, denunciando a marginalização dos doentes, portadores de deficiências e idosos. Devemos seguir as sábias orientações recebidas da V Conferência Latino-Americana realizada em Aparecida em 2007, que localiza a Pastoral da Saúde no contexto de “resposta às grandes interrogações da vida, tais como o sofrimento e a morte, à luz da morte e da ressurreição do Senhor” (DAp 418). E aponta como ação do discípulo de Jesus, a se transformar no anúncio da morte e ressurreição do Senhor, única e verdadeira saúde (DAp 419). Ela já não é uma ação voltada só para o enfermo, assistencialista, mas se abre para o acompanhamento da família, que tem a dor e as consequências de ter um enfermo em casa.

Cabe, portanto, a cada paróquia da diocese assumir esta causa no corajoso trabalho de evangelização, formando a Pastoral da Saúde ou criando mecanismo para fortalecer a identidade do Agente de Pastoral da Saúde e suas contribuições. Recordo que a Pastoral da Saúde acontece em domicílios, hospitais, asilos, creches, escolas, associações de bairro, ... ou seja, em todo lugar que se importa com a saúde. Que Maria, Saúde dos Enfermos, nos ajude a testemunhar no mundo a ternura de Deus e a proclamar com coragem o Evangelho da vida.